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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Controlar energia é sinónimo de poupança

A Europa consome cerca de quatro vezes mais energia do que a Ásia ou a América do Sul e 30 por cento dessa energia é consumida pelas famílias. Os números pioram se analisarmos os dados: pelo menos 16 por cento da energia consumida em casa é desperdiçada. Como podemos mudar esta situação?

Para encontrar as respostas fomos primeiro a Manchester, no coração do Reino Unido

Nesta cidade, os cientistas estão a ajudar as pessoas a poupar energia.

A ideia não é fazer obras em casa, comprar outra nova ou adquirir eletrodomésticos mais eficientes. O objetivo é mostrar de uma forma simples e eficaz como e quanta energia consumimos em casa.

“O principal objetivo do projeto é influenciar mudanças de comportamento do consumidor final.

Como gerem a energia em casa, mas também de que forma utilizam as informações que recebem” afirma Pukul Rana, Coordenador do Projeto Dehems, em Manchester.

Informações sobre o consumo que os membros do projeto e voluntários obtêm, em tempo real, graças a contadores.

“Temos um kit básico que monitoriza o consumo geral de energia. Mas temos também medidores que monitorizam o consumo de energia dos aparelhos e nos permitem compreender em pormenor como cada agregado familiar usa a energia” refere Pukul Rana.

Fiona Nicholls tem em casa um kit básico para a eletricidade e a partir de agora vai ter outro para o gás. O suficiente, garante, para alterar os hábitos diários:

“Penso que estou a progredir. Estou a olhar para os eletrodomésticos que tenho em casa, que antes nem sequer reparava, porque os vejo no ecrã e se não fosse assim não seria capaz de alterar o comportamento”.

Quando Fiona liga um eletrodoméstico, pode ver no monitor a quantidade de energia que está a consumir e quanto custa. Depois de experimentar o sistema, ficou convencida.

“Penso que é uma tecnologia extremamente simples de utilizar. Vou definitivamente continuar a usá-la. Espero que o projeto me permita ficar com o equipamento, caso contrário, vou ter de comprá-lo” afirma Nicholls.

Segundo Pukul Rana “a última análise dos resultados mostra que os utilizadores dos laboratórios vivos economizam até oito por cento do consumo total de energia a partir do momento em que aderem ao projeto. Esperamos que até ao final possa duplicar e esperamos chegar aos 20 por cento para os laboratórios vivos.”

Mas será que podemos mudar, também, o “comportamento energético” da nossa casa? A resposta está em Mannheim, na Alemanha, onde os cientistas estão trabalhar num outro projeto de investigação da União Europeia destinado a controlar o consumo.

Nagy chega a casa depois do trabalho. Mas enquanto esteve fora, também, poupou energia. Tudo porque tem uma casa inteligente. O coordenador do projeto, explica como funciona. ¨

“Temos alguns dispositivos inteligentes que ao serem instalados em casa podem controlar eletrodomésticos, como por exemplo, a máquina de lavar roupa ou o frigorífico. Estes dispositivos ou controladores centralizados determinam o momento certo para o consumo” refere Anke Weidlich, coordenador do projeto Casa Inteligente/Rede Inteligente.

Basta deixar a máquina de lavar preparada. Os controladores centralizados encarregam-se depois de ligá-la quando as tarifas de eletricidade são mais baixas ou quando Nagy decidir, depois de verificar os preços.

Robert Nagy, um voluntário alemão garante que o sistema mudou os hábitos de utilização dos eletrodomésticos “Agora olhamos primeiro para as horas do dia em que o preço da eletricidade é mais baixo e, desta forma, podemos controlar os eletrodomésticos para poupar dinheiro e energia.”

Nagy passou, também, a usar mais energia amiga do ambiente porque os controladores centralizados são acionados quando detetam energia renovável na rede.

“Como pode imaginar, se estiver muito vento ou muito sol, há muita eletricidade proveniente de centrais eólicas ou solares. Nesta altura a eletricidade será mais barata que noutras, e esta é a altura certa para consumir energia. A tecnologia que estamos a desenvolver ajuda-o a fazê-lo no momento certo” refere o coordenador.

Mais, a porta de ligação, também, pode controlar a energia solar que outras casas envolvidas no projeto geram. Desta forma, o excedente de energia renovável é consumido localmente.

“Hoje em dia, se tiver um painel fotovoltaico no telhado, por exemplo, pode vender a energia à rede. Mas também pode optar por integra-la na comunidade do seu bairro e vendê-la, diretamente, aos seus vizinhos que depois a vão consumir.”

Podemos tornar-nos independente da rede?

Para obter a resposta fomos à Grécia, a Lavrio, no sul de Atenas.

Aqui há um edifício muito especial, porque toda a eletricidade que utiliza provém de energia eólica e solar.

“O problema aqui é que as fontes de energia renováveis não geram energia de forma contínua e constante. Quando as fontes de energia de um edificio são renováveis, a energia produzida, nem sempre é igual à energia consumida. Às vezes é mais elevada, outras mais baixa. Portanto, quando tem mais, tem de armazenar o excesso de energia, e quando tem menos, tem que usar a energia armazenada no interior do edifício” afirma Ioannis Paspaliaris da Universidade Nacional Técnica de Atenas.

Armazenar a energia em baterias ocuparia demasiado espaço e, além disso, as baterias têm uma vida curta. A solução: transformar o excesso de energia em hidrogénio por eletrólise e armazená-la.

“A ideia do hidrogénio nasceu tendo em conta o equilíbrio necessário entre a energia produzida e a energia utilizada, portanto, da possibilidade de armazenar a energia como hidrogénio que mais tarde, através de pilhas de combustível, podia ser usado para produzir eletricidade ou calor para aquecer uma casa “

“O hidrogénio é um gás. Quando é usado para produzir eletricidade ou calor, não gera gases com efeito de estufa. O hidrogénio quando queimado ou utilizado em células de combustível produz água pura e não CO2 “ refere Ioannis Paspaliaris.

O objetivo desta experiência é integrar um sistema de armazenamento de hidrogénio numa comunidade, num edifício, ou em casas normais.

Paspaliaris defende que “a futura casa de hidrogénio terá um melhor desempenho se consumir pouca energia. Quando um edifício tem um baixo consumo energético, o sistema exigido para satisfazer as necessidades de energia é menor e, portanto, mais económico “

Mas então, como reduzir o consumo? A resposta parece simples: controlando, a energia.

www.dehems.eu
www.smarthouse-smartgrid.eu
www.h2susbuild.ntua.gr

Copyright © European Commission 2011 / euronews 2011

http://pt.euronews.net/2011/02/09/controlar-energia-e-sinonimo-de-poupanca/

Geithner diz que mundo espera reacção dos europeus à crise

Nova Iorque - O mundo inteiro levou aos dirigentes europeus a mensagem de que é responsabilidade deles solucionar a crise da dívida, afirmou o secretário do Tesouro americano, Tim Geithner.



"Durante o fim de semana, ouviram todo o mundo afirmar que devem fazer todo o possível para tranquilizar as pessoas sobre a sua intenção e capacidade de conter a crise", declarou numa entrevista ao canal ABC.



Nas reuniões do FMI e do G20 do fim de semana em Washington, os europeus defenderam o plano estabelecido em 21 de Julho passado, que inclui entre outras medidas uma nova ajuda para a Grécia e uma ampliação do Fundo de Estabilização (FESF).



Para Geithner, a crise europeia "começa a prejudicar o crescimento em todas as partes, em países tão afastados como a China, o Brasil, a India e a Coreia".





"Os europeus ouviram a mesma mensagem é hora de actuar".

Angola volta a crescer dois dígitos em 2012, prevê o FMI

Angola volta a crescer dois dígitos em 2012, prevê o FMI
A economia angolana deverá retomar um crescimento de dois dígitos em 2012, atingindo os 10,5%, muito acima do crescimento económico previsto para a região, segundo as últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O crescimento económico de Angola sobe dos 1,6% registados em 2010 para 7,8% este ano e acelera no ano seguinte, registando o segundo maior crescimento da região da África subsaariana, a seguir ao Níger.

“O abrandamento do crescimento económico na Europa afecta alguns países da região exportadores de produtos transformados, como a África do Sul”, e a subida dos preços de petróleo penaliza os importadores, refere o relatório divulgado na segunda-feira.

Mas estes são factores que pelo contrário beneficiam Angola, um dos maiores exportadores de petróleo.

As projecções do FMI para a região apontam para crescimentos de 5,5 este ano e 5,9% em 2012.

As dificuldades em Angola são ao nível do controlo da inflação este ano, com os preços no consumidor a subir 14,6% (14,5 em 2010), mas alguma correcção já em 2012, com uma taxa de 12,4%.