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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Angola e Japão

Angola e Japão assinam hoje vários acordos de cooperação.


O Executivo angolano e do Japão assinam, hoje, em Luanda, vários acordos de cooperação no domínio da promoção do comércio e do investimento público privado.
Uma delegação japonesa chefiada pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Osamu Fujimura, está desde ontem em Luanda para assinar entre outros, o acordo de troca de notas referente ao projecto de modernização do centro de formação profissional de construção civil de Viana.
Os dois países assinam ainda o acordo do contrato de aplicação do projecto de modernização do Centro de Formação Profissional de Construção Civil de Viana, entre o INFOP e a empresa japonesa JICA.
A delegação, também composta pelo vice-ministro japonês da Economia, Comércio e Indústria, e mais 50 empresários, tem um encontro ainda hoje com o ministro da Geologia e Minas e Indústria, Joaquim David, e o coordenador da ANIP, Aguinaldo Jaime. Neste âmbito, é assinado um contrato referente ao projecto para a reabilitação da fábrica de têxteis com uma empresa japonesa.
Na agenda está igualmente uma reunião com o ministro de Estado da Coordenação Económica, Manuel Júnior, e o ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos. Empresários japoneses e angolanos participam também num fórum sobre oportunidades de negócios e investimento em Angola.
O Japão tem três instrumentos de assistência oficial para o desenvolvimento: a doação (não reembolsável), a cooperação técnica e o empréstimo concessional em ienes (moeda japonesa).
Uma nota da Embaixada japonesa indica que o primeiro projecto integrado no empréstimo concessional em ienes está avaliado em 50 milhões de dólares. No segundo ou terceiro empréstimos o custo do projecto pode ser aproximado aos 100 milhões de dólares.
Em conferência de imprensa, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Osamu Fujimura, disse que o seu país pretende diversificar o investimento em Angola, esperando que depois da visita a presença do Japão em Angola seja maior, sobretudo no estreitamento das parcerias público-privadas.
Acrescentou que Japão tem colaborado com Angola nos aspectos que têm a ver com a manutenção da paz, para atingir objectivos traçados para o desenvolvimento do Milénio, segurança humana e desenvolvimento económico, saúde e educação, desminagem e reabilitação das pontes.
Osamu Fujimura afirmou que o Japão tem interesse em cooperar nas áreas de transferência de tecnologias, criação de empregos e assistência às actividades das suas empresas que operam em Angola.
Ao salientar que o Japão tenciona produzir fertilizantes em Angola, disse que muitas áreas de cooperação vão ser discutidas durante os três dias que a delegação estiver no país. “Angola tem oportunidades de negócios devido à sua taxa de crescimento muito alta e os nossos empresários estão interessados nas áreas da energia, infra-estruturas, agricultura e indústria minerais”, disse Osamu Fujimura.

http://jornaldeangola.sapo.ao/20/0/angola_e_japao_assinam_hoje_varios_acordos_de_cooperacao

SADC cria união aduaneira este ano

A criação este ano da união aduaneira, da monetária até 2016 e a adopção de uma moeda comum até 2018 são as principais metas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) a curto, médio e longo prazo.
A informação foi avançada na sexta-feira, em Luanda, pelo secretário executivo da organização, Tomaz Augusto Salomão, tendo acrescentado que estes projectos surgem da necessidade de se criar uma base sólida para se continuar a concretizar o projecto de integração da comunidade, que congrega 15 países.
O diplomata, que dissertava na palestra sobre “Integração Económica Regional” em alusão ao 30º aniversário da SADC, assinalado a 17 do corrente mês, referiu que a união monetária e a adopção de uma moeda comum são aspectos fundamentais para tornar cada vez mais forte e integral a comunidade.
Afirmou que a união aduaneira (CU) permitirá aderir a uma tarifa externa comum (TEC), aplicada às importações provenientes de países não membros, a partilha de receitas, bem como a importação e exportação de mercadorias entre os países membros, sem regras de origem.“Com um mercado comum que se projecta para 2015, vai poder-se assistir à livre circulação de capital e de mão-de-obra, além de ajudar na criação de uma política comercial única”, sublinhou o moçambicano, enaltecendo o contributo de Angola para a solidificação do órgão.
Na sua intervenção, Tomaz Augusto Salomão defendeu igualmente a necessidade da assinatura de Acordos de Comércio Preferencial (PTA), para facilitar o acesso preferencial (mas não necessariamente livre) aos mercados dos países envolvidos, assim como a criação de uma Zona de Comércio Livre (ZCL).
A Zona de Comércio Livre, explicou, contribuirá para a eliminação de barreiras tarifárias e não tarifárias, além de impor a observância das regras de origem dos produtos entre os países membros.Organizada pelo Ministério do Planeamento, através do Secretariado Nacional da SADC, a palestra sobre a Integração Económica Regional contou com a presença do ministro da Indústria, Geologia e Minas, Joaquim David, de responsáveis do Ministério da Energia, deputados e estudantes universitários de relações internacionais.
A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral existe desde 1992. A organização sucedeu á SADCC (Southern Africa Development Coordination Conference ou Conferência para o Desenvolvimento da África Austral), criada em 1980 por nove dos Estados membros. Hoje, a SADC engloba 15 países da África Austral.
Com sede na cidade de Gaborone, Botswana, tem por objectivo promover o crescimento e desenvolvimento económico da região Austral do continente, aliviar a pobreza, aumentar a qualidade de vida do povo africano e prover auxílio aos mais desfavorecidos por meio de integração regional.
A SADC tem também, entre outros propósitos, fazer evoluir valores políticos, sistemas e instituições comuns; promover e desenvolver a paz e a segurança; promover o desenvolvimento auto-sustentável através da interdependência colectiva dos Estados membros e da auto-confiabilidade.

http://jornaldeangola.sapo.ao/15/0/sadc_cria_uniao_aduaneira_este_ano

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ruanda sete feridos em explosão de granada após reeleição de Kagame

http://pt.euronews.net/2010/08/12/ruanda-sete-feridos-em-explosao-de-granada-apos-reeleicao-de-kagame/

A explosão de uma granada na capital do Ruanda, Kigali, feriu sete pessoas na noite da vitória eleitoral do presidente Paul Kagame.

É o quatro incidente deste tipo desde o início do ano. Não houve qualquer reivindicação, tal como nos três ataques com granadas que ocorreram entre Fevereiro e Maio e que fizeram quatro mortos e cinquenta feridos.

Poucas horas antes, era anunciada a reeleição de Kagame com 93 por cento dos votos.

Apesar do escrutínio ter decorrido sem grandes incidentes, a oposição denunciou um clima de repressão e violência nas semanas que antecederam o voto.

Segundo os opositores, os candidatos autorizados a apresentar-se serviram apenas para marcar presença face ao chefe de Estado, que assumiu o controlo do país após genocídio de 1994.