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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Peso do petróleo no PIB angolano diminuiu, diz Ministro da Economia

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Peso do petróleo no PIB angolano diminuiu, diz Ministro da Economia Lusa

O ministro angolano da Economia, Manuel Nunes Júnior (na foto), disse no Parlamento angolano, que o sector não petrolífero já é responsável por 58% do Produto Interno Bruto (PIB), diferentemente do que se verificava no passado.

Ele garantiu que se "inverteu a situação", tratando-se de "uma mudança estrutural importantíssima para a economia" angolana, porque é "a forma mais apropriada para que o emprego aumente no país".

O ministro fez as declarações ao responder às questões feitas pelos deputados, antes da aprovação do Plano Nacional 2010/2011 e do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2010, que seria ratificado sem votos contra. A oposição optou pela abstenção acompanhada de fortes críticas.

Manuel Nunes Júnior falou ainda da importância do crescimento do sector não petrolífero, cujo desenvolvimento tem sido verificado desde 2006, para a geração de empregos, que permitirão melhorar a qualidade de vida e bem-estar da população.

Actualmente, Angola é o maior produtor de petróleo africano ao sul do Saara, com mais de 1,7 milhão de barris por dia.

Segundo o ministro, desde 2006 os sectores agrícola, da indústria transformadora, da construção civil, dos serviços mercantis e da agro-indústria apoiam ou já apoiaram o crescimento do segmento não petrolífero.

"Desde 2006 o crescimento do sector não petrolífero tem sido superior ao sector petrolífero. Em 2007, o crescimento do sector petrolífero foi de 20,4%, e do não petrolífero, 25,7%, em 2008 foi de 12,3% e de 15%, em 2009 foi de 3,6% negativos e 5,2% e para 2010 prevemos um crescimento de 3,4% e de 10,5%", disse o ministro.

Desemprego

De acordo com Manuel Nunes Júnior, essa é uma tendência fundamental, que deve ser enaltecida, já que é a única forma para diminuir os níveis do desemprego que afecta a economia angolana. "Para que o emprego aumente no país, temos que aumentar a produção do sector não petrolífero e é o que está a acontecer de maneira sustentável", ressaltou.

Ele lembrou que o sector petrolífero, embora importante na contabilização geral da riqueza do país, não emprega mais que 20 mil pessoas em Angola, apesar de ter uma contribuição importante na criação de valor.

O ministro lembrou também que a melhoria de vida dos cidadãos angolanos não será resolvida apenas com aumentos de salários.

"Se aumentarmos os salários e, na mesma proporção ou superior, aumentarem os preços do ponto de vista real, não acontece nada ou até pode acontecer uma deterioração das condições de vida, isto é, se a proporção do aumento de preços for superior ao aumento de salários", afirmou.

"O que estamos a lutar aqui é para que o aumento de salários seja um aumento real, isto é, que se houver um aumento de salários seja um aumento superior àquilo que acontece do ponto de vista do nível geral de preços. Só podemos garantir isso se o sector não petrolífero aumentar de maneira significativa, se aumentarmos os empregos a nível das economias, se cada pessoa passar a ter um salário digno", afirmou.


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