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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Nova Politica para Cuba




O Presidente Americano, Barack Obama, está a tornar mais fácil aos cubano-americanos a deslocação a Cuba e o envio de remessas aos seus familiares naquela nação insular. Uma decisão anunciada poucos dias antes da cimeira dos lideres das Américas em Trinidade e Tobago.

A medida não levanta, no entanto, o embargo comercial imposto há 47 anos pelos Estados Unidos a Cuba, constituindo apenas uma abertura para o efeito.

Os cerca de um milhão e meio de cubano-americanos com as suas famílias ainda em Cuba, poderão agora mais livremente visitar e enviar aos seus familiares ajudas financeiras.

O porta-voz da Casa da Branca, Robert Gibbs, disse que todas as restrições de viagens e remessas estão a ser levantadas e que, ao mesmo tempo, a Administração Obama autoriza telecomunicações mais amplas com Cuba, autorização que abrange também um longa lista de objectos de carácter humanitário que poderão ser enviados a Cuba em forma de donativos.

O porta-voz da Casa Branca adiantou que as iniciativas destinam-se a criar futuras oportunidades através das quais os cubanos possam mais tarde determinar mais livremente o futuro do seu país.

"Todos os que abraçam valores democráticos essenciais aspiram a que Cuba respeite também os direitos humanos, políticos e económicos fundamentais para todos os seus cidadãos. O Presidente Obama acredita que as medidas que acaba de tomar poderão ajudar na realização desses objectivos."

Disse ainda Robert Gibbs que as iniciativas do Presidente, por si, não serão suficientes para isso, mas que os líderes cubanos deverão acompanhar também este mesmo processo:

"São medidas que o Presidente poder tomar, e na realidade tomou, com o objectivo de promover o fluxo da informação, dar alguns passos importantes por forma a ajudar a abrir o caminho para esse fim. Mas são acções de uma pessoa apenas nesta equação."

Trata-se de algumas das promessas feitas durante a campanha que o Presidente cumpre agora antes da cimeira das Américas que terá lugar durante o fim da semana em Trinidad e Tobago. Líderes centro e sul-americanos que vão estar presentes na reunião exortaram o presidente americano a adoptar uma postura mais conciliatória para com Havana.

O Presidente Obama já manifestou o desejo de envolver Cuba num diálogo diplomático significativo.

Mas o anúncio da Casa Branca, na segunda-feira, não fez qualquer referência a aberturas para com os líderes cubanos em Havana. Pelo contrário, o foco foi o intercâmbio directo inter-familiar, encorajando laços inter-familiares, abrindo o caminho a telecomunicações mais seguras entre as mesmas, telefónicas, radiofónicas, televisivas ou via satélite, numa tentativa para alcançar o acesso também aos mercados cubanos.

Os críticos destas iniciativas, entre os quais figuram vários membros cubano-americanos do Congresso, advertiram que o dinheiro enviado para Cuba iria ultimamente parar nos bolsos das entidades oficiais comunistas de Cuba.

Dan Restrepo, Director do Conselho de Segurança Nacional para o Hemisférico Ocidental, na Casa Branca, disse aos jornalistas que o Presidente Obama apelou a Havana afim de não impor mais restrições e taxas as remessas que entram em Cuba:

"Na medida em que nos aqui nos Estados Unidos não criamos obstáculos , assim também o governo cubano deve abrir caminho por forma a que os apoios dos cubano-americanos possam ajudar os seus familiares em Cuba."

Contrariamente às tradições da Casa Branca, o anúncio oficial desta mensagem foi feito em duas línguas, em inglês e espanhol. Dan Restrepo, de origem colombiana, respondeu a perguntas em espanhol aos jornalistas desta língua presentes na cerimónia.



http://www.voanews.com/portuguese/2009-04-14-voa4.cfm?CFID=172492899&CFTOKEN=63726260&jsessionid=8430ca0fc407f01ef39f5a752d74a11273f5

1 comentário:

  1. A minha grande curiosidade nesta aura de mudança, é ver o que vem a ser das novas ideologias as funcionais e as outras. Aguardo pelo ideologos e pergunto-me e pergunto-vos estamos na época do realismo, onde vão ficar os convservadores? Talvez algumas décadas de descanso de exagerada intolerância e muita maldade à mistura. Sobre a Famosa doutrina Monroe??? Vamos aguardar. Eduarda

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