Mais de 190 mortos e 300 feridos é o saldo da ocupação de hotéis de luxo em Bombaim, a capital financeira da Índia. A operação da terça-feira (26/11) foi bem sincronizada e deixa em maus lençóis a inteligência do segundo país mais povoado do mundo.
Um desconhecido grupo islâmico reivindicou a ação, ainda que os maometanos que lutam pela independência da Cachemira se separaram publicamente deles. Por sua disposição em assassinar, pode ter alguma afinidade com o Al Qaeda. Os atacantes buscaram capturar turistas reféns (e, por enquanto, não os matar) e seus armamentos e tácticas mais parecem com os de uma guerrilha urbana.
O governo indiano não confirma que os pistoleiros foram terroristas nativos, ainda que Índia tenha mais muçulmanos que qualquer país de língua árabe, persa ou turca. É mais conveniente sugerir que eles foram amparados pelo Paquistão.
Isto faz que as coisas escalem e que se possa repetir um palco como o que seguiu ao prévio atentado de Bombaim em 2001, que quase desembocou na primeira guerra entre duas repúblicas nucleares (Índia e Paquistão). Obama, que tanto falou em atacar unilateralmente o Paquistão, agora deve se aproximar da Índia para conseguir mais concessões desse país, permitindo socavar aos redutos dos nacionalistas islâmicos pró-Cachemira e pró-talibãs.
* Isaac Bigio é o analista político latino-americano mais citado na Internet.
Leia mais Bigio em VF: www.viafanzine.jor.br/bigio.
Um desconhecido grupo islâmico reivindicou a ação, ainda que os maometanos que lutam pela independência da Cachemira se separaram publicamente deles. Por sua disposição em assassinar, pode ter alguma afinidade com o Al Qaeda. Os atacantes buscaram capturar turistas reféns (e, por enquanto, não os matar) e seus armamentos e tácticas mais parecem com os de uma guerrilha urbana.
O governo indiano não confirma que os pistoleiros foram terroristas nativos, ainda que Índia tenha mais muçulmanos que qualquer país de língua árabe, persa ou turca. É mais conveniente sugerir que eles foram amparados pelo Paquistão.
Isto faz que as coisas escalem e que se possa repetir um palco como o que seguiu ao prévio atentado de Bombaim em 2001, que quase desembocou na primeira guerra entre duas repúblicas nucleares (Índia e Paquistão). Obama, que tanto falou em atacar unilateralmente o Paquistão, agora deve se aproximar da Índia para conseguir mais concessões desse país, permitindo socavar aos redutos dos nacionalistas islâmicos pró-Cachemira e pró-talibãs.
* Isaac Bigio é o analista político latino-americano mais citado na Internet.
Leia mais Bigio em VF: www.viafanzine.jor.br/bigio.
Sem comentários:
Enviar um comentário