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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

China financia projectos do Programa do MPLA


China financia projectos do Programa do MPLA
Cândido BessaO Banco de Desenvolvimento da China vai financiar projectos do Programa de Governo do MPLA, com destaque para as áreas da habitação social, agricultura, transportes e telecomunicações. Ontem, uma delegação chefiada por Liu Hão, representante especial daquela instituição financeira chinesa, reuniu-se, na Cidade Alta, com o ministro-adjunto do primeiro-ministro e coordenador da equipa económica, Aguinaldo Jaime, para discutir os mecanismos práticos para a concretização dos princípios que vão reger o acordo.Durante cerca de duas horas, as delegações trataram igualmente das questões operativas do acordo. Entre outros assuntos, foram avaliados aspectos como a constituição das equipas conjuntas que vão seleccionar os projectos a serem apresentados pelo Governo angolano, bem como a escolha dos empreiteiros chineses que vão executá-los.Aguinaldo Jaime disse que a presença da delegação chinesa reflecte a vontade do Banco de Desenvolvimento da China em apoiar o “amplo processo de reconstrução nacional, financiando projectos numa área muito importante, que constitui prioridade do programa de Governo do MPLA e uma preocupação particular do Presidente da República, que é a área da habitação social”. No encontro de ontem, as partes abordaram o desenvolvimento do projecto de casas sociais da Camama, município do Kilamba Kiaxi, e a requalificação de zonas degradadas do Cazenga. Nestes locais, segundo Aguinaldo Jaime, serão edificados projectos modernos, com oferta de habitação de padrões elevados às famílias de rendimentos baixos. Sem avançar montantes, uma vez que apenas foram discutidos valores indicativos, o coordenador da equipa económica afirmou que o financiamento a ser acordado com o Banco de Desenvolvimento da China terá em conta dois parâmetros: primeiro, o facto de ser uma das maiores instituições bancárias a operar no mercado chinês e, por outro lado, porque as necessidades de reconstrução da economia angolana são muito grandes. “Dentro destes dois parâmetros havemos de encontrar um tecto para esta cooperação”. O acordo entre o Governo angolano e o Banco de Desenvolvimento da China foi assinado em Agosto último. Contrariamente a outros instrumentos financeiros acordados com instituições da República Popular da China, desta vez não existem garantias de pagamento com petróleo. Caberá ao Ministério das Finanças e ao Banco Nacional de Angola encontrarem, com as instituições chinesas, outras formas de pagamento.Trata-se de uma mudança na forma de negociação, motivada, segundo Aguinaldo Jaime, pela melhoria das condições macro-económicas do país e pela redução do risco Angola (indicativo que serve para medir se um país é seguro ou não para investimento).Para simbolizar a cooperação que o Governo angolano tem com a República Popular da China, o Presidente José Eduardo dos Santos recebeu, em duas ocasiões, o vice-governador do Banco de Desenvolvimento da China e presidente do Fundo Chinês para a Cooperação com África, Giao Jian.




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